Esporte sem clubismo: o dinheiro no futebol brasileiro

Esporte sem clubismo: o dinheiro no futebol brasileiro

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Hoje, o país vive um ambiente polarizado, uma praga imposta pela política na última década que desceu para todos os segmentos e classes sociais, fazendo com que as pessoas deixem de pensar e enxergar as questões que de fato importam e defendam bandeiras indefensáveis, isto posto, parece que a leitura do futebol às vezes segue o mesmo caminho.

 A qualidade do jogo no Brasil é muito fraca, quando uma equipe se torna minimamente organizada, já basta pra disputar ou ganhar títulos, contudo o jogo apresentado em 80% dos jogos beira o medíocre. Mas, assim como na política, precisamos enxergar onde está a matriz do problema e no futebol brasileiro, ele chama-se CBF.

 

 A CBF, há anos só se preocupa com suas seleções, porém o produto seleção no mercado publicitário ainda tem muito valor, sendo assim, o dinheiro que o seu clube poderia estar arrecadando com as grandes cervejarias, empresas telefônicas, empresas de tecnologia e de material esportivo, essa receita vai toda para os cartolas da CBF, que em contra partida, toma o cuidado de não deixar espaço no calendário para qualquer equipe emergir sua imagem e poder se vender fora do Brasil, ou seja, a CBF joga contra os times. Parte dessa receita, à menor, é distribuída para as federações estaduais, que possuem o poder do voto e essa politicagem funciona neste ciclo.

 

Como o futebol precisa de dinheiro, a qualidade dos grandes jogadores custam caros, e sabe quando o seu clube vai começar a ter condição de segurar os melhores e buscar bons jogadores fora do país? Quando uma empresa privada, independente, poder administrar o campeonato das grandes equipes, administrar as vendas e o calendário,  contudo pra isso, os clubes precisam cortar a corda com as federações locais, sem todos os times ceder isso por completo a empresa não funciona. 

 

 Não basta deixar de apoiar as seleções, os clubes precisam romper com o sistema, se para isso a briga subir para sul americana, isso será momentâneo, porque uma “liga” com os clubes economicamente fortes no Brasil, se torna a Premier Ligue da américa, e a libertadores sem os brasileiros não se paga. Eu sinceramente não acredito que isso ocorra tão brevemente, mas passei a ter esperança, afinal os patrocinadores terão muito mais suas marcas ativadas no consumidor final via clubes e não por adeptos de seleção.

 

Ataide MachadoPor Ataíde Machado

É empresário, gestor comercial, publicitário e colunista esportivo.